Especialistas da Câmara Técnica de Atenção à Saúde (CTAS/Cofen) e da Comissão de Práticas Integrativas e Complementares (CPICs/Cofen) se reuniram no final de janeiro em Brasília, na sede do Conselho Federal de Enfermagem, para discutir cuidados paliativos e qualidade de vida.
O objetivo é aprimorar a qualidade de vida e a morte, com foco no conforto do paciente. As discussões visam alinhar aspectos legais e técnicos, iniciando as conversas para um futuro marco normativo.
A coordenadora da CTAS/Cofen, Mayra Gonçalves, destaca que a proposta busca trazer um olhar diferenciado para a categoria.
“Queremos mudar não só os marcos do cuidado ao paciente, mas a percepção dos colegas”, complementa a coordenadora da CPICs/Cofen, Cláudia Ferreira.
Os cuidados paliativos começam desde o momento em que se identifica uma condição que ameace a vida, proporcionando qualidade de vida até o último momento. Esses cuidados se aplicam a diversas situações, incluindo pacientes que enfrentam mudanças abruptas em sua condição de vida.
Não é sobre a espera da morte, mas sobre aproveitar o melhor da vida, qualquer que seja sua duração. Os cuidados paliativos, que envolvem profissionais de saúde de diversas áreas, têm como foco a pessoa e não apenas a doença. A equipe pode contar com a participação de filósofos, padres, pastores e outros profissionais, respeitando a crença da pessoa atendida.
O encontro discutiu ainda os marcos normativos, e destaca a recente aprovação da Política Nacional de Cuidados Paliativos no âmbito do SUS pela Resolução 729/23 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).